O conceito de Habilidades para a Vida, como um conjunto de habilidades para serem alcançadas no sentido de promover um bem-estar biopsicossocial por meio da adoção de comportamentos saudáveis, foi concebido pela Organização Mundial da Saúde em 1993 para a orientação educacional de adolescentes com o objetivo de fazer com eles adotassem comportamentos prossociais e evitassem envolvimentos com comportamentos socialmente não desejados, como agressividade, abuso de substâncias ou crimes e contravenções penais.
Ou seja, os jovens que fossem submetidos a esse treinamento, desenvolveriam “habilidades para o comportamento positivo e adaptativo, que permitiria que indivíduos lidem de forma efetiva com demandas e desafios da vida cotidiana” (OMS, 1993), sendo que neste programa desenvolveriam as seguintes habilidades:
- Tomada de decisão;
- Resolução de problemas;
- Pensamento criativo;
- Pensamento crítico;
- Comunicação eficaz;
- Relacionamento interpessoal;
- Autoconhecimento;
- Empatia;
- Manejo de estresse;
- Manejo de emoções.
Ao longo de mais de três décadas, programas de treinamento de habilidades para a vida chamados de Life Skills Training ou LST foram adotados por mais de 35 países para desenvolver competências pessoais e sociais em jovens, com o objetivo de evitar que eles apresentem comportamentos socialmente problemáticos e sofram consequências em decorrência deles. Ao longo de muitos anos, diversos alunos foram submetidos a diversos testes longitudinais de eficácia para comprovar o método LST, sendo divididos em grupos de indivíduos que foram submetidos ao LST e os que não foram (grupo de controle). Nos diversos testes realizados, os alunos que realizaram o LST sempre indicaram taxas significativamente menores de comportamentos indesejados como consumo de álcool e drogas, comportamento perigoso ao dirigir, violência e delinquência e comportamentos de exposição ao HIV (Botvin & Griffin, 2015).
No exercício da psicologia clínica pude perceber que as demandas trazidas pelas almas que ali me tocavam, de certa forma esbarravam na deficiência de determinada habilidade. Uma discussão com o filho ou com o marido; um ranço de um chefe abusador; o estresse excessivo de uma rotina que mistura trabalho, casa e relacionamentos; a perda de um trabalho e a subsequente paralização frente à pilha de boletos com vencimentos próximos etc. Cada uma dessas situações pode ser isolada como um fato ocorrido, porém o nível de desconforto emocional que o fato causa em cada sujeito é demasiadamente variável. Isso, porque cada um de nós percebe os fatos de forma única e se aprendemos a analisar uma situação, podemos também dirimir o sofrimento que ela causa desenvolvendo determinadas habilidades.
Cada vez mais que penso sobre envelhecer, mais fico grato por ter encontrado as habilidades da vida há alguns anos, pois ao desenvolvê-las eu pude perceber que cada vez mais meu sofrimento psíquico é menor com questões que antes eram muito mais dolorosas. Elas deixaram de existir? Claro que não! Elas só não possuem mais a força de me paralisar.
Texto adaptado do livro “Habilidades para a Vida“, de Rodrigo Orellana.
Cursos, seminários e workshops sobre Habilidades para a Vida.
Manter-se atualizado com os novos cursos, seminários e workshops sobre habilidades de vida oferecidos por Rodrigo Orellana é uma excelente maneira de se manter atualizado, seja pessoalmente ou profissionalmente. Se você procura essas oportunidades, recomendamos seguir as redes sociais de Rodrigo Orellana ou assinar a lista de correio apresentada neste website. Dessa forma, você receberá todas as últimas notícias e informações em primeira mão e não perderá nada.
No entanto, se você representa o segmento corporativo e deseja levar até a sua equipe os treinamentos de Rodrigo Orellana, a LUDICI é a consultoria ideal para atender às suas necessidades. Consulte as opções de treinamentos oferecidos em www.ludici.com.br.