Pode parecer óbvio que uma relação saudável é construída com muito diálogo, sendo este o mais ativo, direto e honesto possível. No entanto, sabemos, na prática, que manter um diálogo com essas características não é simples, não é verdade?
Dialogar abertamente sobre qualquer assunto demanda segurança das duas partes. Às vezes, preferimos omitir informações, usando eufemismos para cuidar dos sentimentos do outro, e nos irritamos quando somos expostos a uma visão muito diferente da nossa.
Geralmente, ao conversarmos, queremos que a outra pessoa enxergue o mundo como nós o vemos. Exigir essa aceitação, no entanto, torna-se pouco empático, pois compreender e aceitar as diferenças é parte da Habilidade de Empatia.
O vínculo afetivo é construído pela convergência de afinidades e percepções. Quanto mais próxima essa afinidade, mais forte é a relação. Considere seus amigos mais próximos, por exemplo. O que os aproxima: a convivência ou a afinidade que têm? Como são os diálogos que constroem juntos? São positivos, abertos e sinceros?
E quando surge um assunto polêmico no grupo? Como você se posiciona? Pessoas radicais em suas posições, beirando o sectarismo, tendem a ter dificuldades em construir e manter relações, a menos que os outros adotem posturas passivas e tolerem esse radicalismo. Se há algo de positivo nessas pessoas, me responda: você viveria com alguém que não agrega nada de positivo para sua vida e que, ao tentar conversar sobre qualquer assunto, se posiciona de forma dura e intransigente? É bem provável que não, certo?
Em nossa vida adulta, temos a opção, na maioria das vezes, de não querer manter uma relação com alguém, seja um cônjuge, um parente ou um amigo. Respeitar essa opção é fundamental para uma vida saudável. Mas como fazemos para interromper relações que são nocivas ou tóxicas para nós?
Faz parte da Habilidade de Relacionamentos interpessoais conseguir interromper relações de forma construtiva. Para isso, é importante que você consiga mostrar para o outro quais são seus pontos divergentes e evidenciar que a relação entre vocês não é mais saudável. Chegar a esse nível evitará o uso do argumento “o problema não é com você, é comigo”!
Um diálogo empático e construtivo demonstrará responsabilidade afetiva, seja durante a construção e manutenção de um relacionamento, principalmente em seu término. A falta de responsabilidade afetiva pode causar marcas no outro que o acompanharão pelo resto da vida.